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CAF – Cirurgia de Alta Frequência 

A Cirurgia de Alta Freqüência (CAF) é um procedimento cirúrgico no qual uma área doente pode ser retirada com mínimo dano ao órgão.

Trata-se de um termo genérico que tem sido empregado no Brasil para denominar vários procedimentos realizados com um eletrobisturi de alta frequência.

Na maioria dos serviços brasileiros, refere-se à exérese da zona de transformação, e também é conhecida como LLETZ (Large Loop Excision of the Transformation Zone – exérese da zona de transformação por grande alça) ou LEEP (Loop Electrosurgical Excision Procedure – excisão eletrocirúrgica por alça). 

Trata-se de um tipo de cirurgia que utiliza um bisturi elétrico de baixa voltagem e alta frequência de corrente, capaz de retirar partes de tecido sem causar grande queimadura.

É considerado atualmente o melhor tratamento para as lesões pré-malignas do colo uterino, recomendado em todo o mundo, pois é de baixo custo e pode ser feita sob anestesia local, e nas excisões dos tipos I e II, sem internação.

Devido a essas vantagens, vem substituindo procedimentos mais invasivos como a conização à bisturi, procedimentos à laser, de maior custo, e as cauterizações de lesões pré-malignas pela vantagem de, além de tratá-las, permitir o exame do segmento retirado, assegurando o diagnóstico (afastando a possibilidade de câncer oculto) e o tratamento total da lesão.

Como é Realizada a CAF?

A CAF (exérese da zona de transformação ou excisão tipo I ou II) deve ser realizada durante uma colposcopia e por profissional experiente. Após verificar as características da lesão, o examinador faz a anestesia local da região e, em alguns minutos, retira a região doente com um dispositivo conhecido como "alça" (figura 1). Este dispositivo é um eletrodo que conduz energia elétrica de baixa voltagem e alta frequência, que permite o corte do tecido com mínimo dano ao órgão doente.

Após a retirada, é feita a eletrocoagulação dos vasos sanguíneos para prevenir hemorragias (figura 2) e a paciente é liberada para ir para casa, passear ou trabalhar, se quiser. O procedimento dura cerca de 30 minutos, incluindo a colposcopia que o antecede.

O que acontece depois?

Nos dias seguintes ao procedimento, a paciente poderá perceber a saída de uma secreção aquosa, às vezes misturada com uma pequena quantidade de sangue. Às vezes pode haver saída de sangue vivo, sem que isto represente problema. Na maioria das vezes, este sangramento pára sozinho. Caso isto não aconteça ou seja de grande volume, poderá ser necessário voltar ao colposcopista para que ele avalie e faça uma nova eletrocoagulação de algum vaso sangüíneo que tenha voltado a sangrar. É uma complicação infreqüente (em cerca de 10% dos casos) e de fácil controle.

Para facilitar a cicatrização e prevenir sangramentos, a paciente deve evitar a relação sexual com penetração vaginal por cerca de 30 dias.

Existe possibilidade destas doenças reaparecerem?

Sim, como as doenças pré malignas do colo uterino, vagina e vulva são relacionadas ao Papilomavirus humano e como não há até o momento um medicamento que acabe com ele, apesar de tratarmos as lesões por ele causadas com altas taxas de sucesso, ele poderá permanecer na região e causar uma nova lesão.

Também é possível que alguma lesão persista após o tratamento. Isto pode ser decorrente do fato de que algumas destas lesões apresentam mais de um foco e, algumas vezes, não temos como saber disto antes ou durante o tratamento.

Outra possibilidade é que a margem de corte da CAF pode passar em área doente, podendo deixar alguma parte da lesão na paciente. Isto acontece em poucos casos, mesmo em mãos experientes e, normalmente, não significa que exista ainda lesão de fato. Por este motivo, recomenda-se manter apenas o acompanhamento pós tratamento e, caso surja alguma evidência de doença persistente ou recorrente, podemos tratar novamente.

Como é feito o acompanhamento pós tratamento?

Não existe uma regra. O objetivo é detectar uma possível, embora improvável, persistência ou recorrência de doença. Para isto é necessário a repetição do preventivo com o médico assistente, no mínimo anualmente. Se o objetivo for dar maior segurança, ao preventivo deve-se associar-se a colposcopia. Esta deve ser realizada sempre após um preventivo e já com o resultado deste exame conhecido. Alguns resultados de preventivo mudam a conduta durante ou após a colposcopia.

Como existe um período de cicatrização, este acompanhamento nunca deve iniciar-se antes de 3 meses após a CAF.

(Fonte: ABPTGIC)

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