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Tumores Anexiais 

A região anexial compreende as estruturas anatômicas femininas que se situam “ao lado” do útero, tais como: tubas uterinas, ovários, ligamentos e o complexo vascular adjacente.

A maioria de todos os tumores anexiais é de origem ovariana, e, destes, a maioria são cistos benignos.

Quando não são de origem ovariana podem representar patologias das tubas uterinas que fazem efeito de massa, como por exemplo, a hidrossalpinge (uma dilatação e acúmulo de líquido na trompa, que por vezes resulta no seu crescimento, distorção da anatomia e perda de função).

Outro exemplo de algo que pode resultar num efeito de massa anexial, não ovariano, são as varizes pélvicas, que consistem em um complexo vascular dilatado e tortuoso, que podem formar grandes aglomerados nesta região, simulando uma massa volumosa.

Os tumores ovarianos são achados muito comuns na população feminina, sua incidência chega a 20% em alguns trabalhos. Variam desde cistos funcionais (cisto decorrentes de um período específico do ciclo menstrual) totalmente benignos, até o câncer de ovário.

A grande questão é que, normalmente a presença de um tumor ovariano indica a necessidade de sua extração cirúrgica, ou por apresentarem sintomas ou por apresentarem características nas quais não se pode afastar a possibilidade de neoplasia maligna.

Basicamente, existem características que sempre vão indicar a remoção cirúrgica, são elas: tumores sólidos, ou predominantemente sólidos; tumores maiores que 3 cm em mulheres na idade reprodutiva e persistentes após um novo exame de imagem dentro de 6 a 8 semanas; tumores maiores que 5 cm em mulheres na pós-menopausa; tumores de qualquer tamanho, porém com aspecto irregular, com múltiplos septos; presença de marcadores tumorais elevados (exame de sangue), entre outras.

Na verdade, sempre que em que são achados tumores ovarianos, uma série de considerações deve ser realizada, além das características do tumor (algumas citadas acima), deve-se avaliar a idade da paciente, história familiar para câncer ginecológico, sintomas, marcadores tumorais, etc. Porém, mesmo com diversas variáveis para avaliação, a única forma de ter certeza se um cisto ovariano é benigno ou maligno é através do estudo histopatológico do tumor, ou seja, com uma biópsia após a sua retirada.

Diagnóstico

O exame de ultrassonografia transvaginal é, atualmente, muito eficaz no diagnóstico e na avaliação das características tumorais das massas anexiais. Raramente é necessária a realização de exames mais complexos, tais como, a ressonância nuclear magnética, para estudar o tumor. Como em sua maioria não causam sintoma algum, torna-se muito necessário os exames de rotina ginecológicos, nos quais são diagnosticados os tumores anexiais facilmente.

Sintoma

Quando geram sintomas, estes podem variar desde uma dor abdominal em baixo ventre, até uma emergência cirúrgica. Os quadros de emergência geralmente ocorrem ou pela torção do tumor, quando este se torce sobre seu pedículo (região que o liga ao útero e passam os vasos sanguíneos), causando uma necrose por não permitir a passagem do sangue, ou quando ocorre há um rompimento da cápsula do tumor com a exposição do seu conteúdo dentro da cavidade abdominal. Em ambos os casos, quando diagnosticados, a cirurgia deve ocorrer o mais rápido possível.

Resumindo, os tumores anexiais podem ser de várias origens, porém a maioria é de origem ovariana e benigna. Como não se pode ter certeza sem a biópsia se um tumor é benigno ou maligno, muitas características vão indicar uma cirurgia para a sua retirada. A cirurgia que é feita, para os tumores benignos, pode ser a retirada apenas do cisto (cistectomia) com a preservação do tecido ovariano sadio; ou a ooforectomia, que é a retirada de todo o ovário acometido. A escolha da cirurgia a ser realizada vai depender de diversos fatores a serem discutidos com o ginecologista.

Tratamento

Praticamente todas as cirurgias ovarianas/anexiais podem ser realizadas de maneira minimamente invasiva (laparoscopia ou sigle-port), inclusive as cirurgias de emergência, o que permite uma melhor visualização da anatomia e todos os benefícios pós-operatórios de uma cirurgia realizada desta maneira.

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